terça-feira, 31 de agosto de 2010

O olor descorado que atrai, mas destrói (memórias de um lado negro)

Tudo vem como uma simples forma de conhecer novos horizontes, destinos e retas tortas que a vida nos proporciona. A sensação de ver como a poeira produzida pelo mundo pode afetar os sentidos cardiorrespiratórios e, ao mesmo tempo, trazer energia e euforia não me agrada. Esta sensação consegue ludibriar os incertos e também os inseguros.



O olor descorado que atrai, também prejudica, destrói, arrasa e por conseqüência, acaba com vidas inteiras construídas a base de muito sacrifício, perseverança e amor. O amor é deixado de lado pelo simples prazer de praticar-se uma epopéia em apenas trinta minutos, ou menos. Navegar pelos horizontes sem destino é a ilação.

Inferência esta que insiste em conformar e amedrontar mentes cansadas de lutar contra a força devastadora do poder do olor claro, mas por este e outros motivos, temos a grande certeza que o amor e a fé sempre sobrepujarão as fraquezas da vida. Ambos têm a força de um colosso e a soberania de Zeus.

Unir-se para derrubar apenas um de todos os caos criados pela humanidade não é fácil, mas é compensador. Unir-se, mesmo que não unidos, gera força, certeza, sabedoria e enriquece a fé.

A fé mostrou que tudo é possível e que qualquer sonho pode ser almejado. Não necessariamente sonhos concretos e visíveis, mas também, sonhos de alma, união, fraternidade e compaixão.

O olor foi vencido. A união prevaleceu. Como sempre, faz-se necessário perder-se um para somar-se mais dez. O método é árduo e fugaz, mas também tem o seu lado sagaz. Por este e outros motivos, devemos caminhar em passos curtos, pensativos e calculados, mesmo concordando que o destino nos dá o caminho, mas quem cria o destino somos nós próprios.

“O destino vem me mostrando caminhos há muitos anos, mas eu sempre os neguei. Neguei, pois não aceitava o verdadeiro destino construído por mim mesmo. Foi um erro, mas que pode ser corrigido a tempo. Já o corrigi.”

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Pirituba - Memórias de um morador

Pirituba é um distrito da zona noroeste da cidade brasileira de São Paulo. A origem do seu nome é o resultado da justaposição da palavra tupi piri ("taboa", planta que nasce em brejos) com o aumentativo tuba ("muito"). Há também uma outra teoria sobre o nome: na região havia uma lagoa denominada "Pirituba", pois segundo dados históricos, havia na região um brejo, resultante de um dos braços do rio Tietê que passa próximo, daí o brejo ou a lagoa de Pirituba.


 
Pirituba teve um dos primeiros times de rugby do Brasil. Há uma forte tradição em beisebol, sendo o distrito de São Paulo com o maior número de praticantes não-nipônicos deste esporte. O grupo de rap RZO fez duas canções com o nome do distrito, intituladas "Pirituba" e "Pirituba Parte 2".
A região também tem duas aldeias indígenas, Tekoa Ytu e Tekoa Pyau, chefiada pelo cacique Fernandes.

Pirituba nasceu a partir de uma fazenda adquirida pelo coronel Anastácio de Freitas, que veio a ser adquirida pelo brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar e a Marquesa de Santos. Em 1917 a fazenda foi adquirida pela Companhia Armour, e a área destinada à criação de gado de corte foi dada à Cia. City, que urbanizou esta região. Atualmente, é um dos pólos industriais da cidade, com várias indústrias instaladas e residências diversas (com grande aumento de edifícios, além da retirada total de favelas na região e deslocamento para os CDHUs de outros bairros).

Possui um dos clubes holandeses mais tradicionais de São Paulo, a Casa de Nassau, e no decorrer dos tempos sofreu forte influência de colônias de ingleses, de russos e de italianos que vieram trabalhar nas indústrias da região no início do século XX. O distrito também é cortado pela Linha 7 da CPTM, antiga Estrada de Ferro Santos-Jundiaí.

As principais vias que ligam o distrito de Pirituba são:

Via Anhangüera: Ver Rodovia Anhangüera. Importante rodovia de São Paulo, passa pelos distritos de Pirituba, São Domingos, Vila Jaguara, Jaraguá, Perus e Anhangüera. Importante via de ligação ao centro, Lapa, Marginal Tietê e regiões metropolitanas de São Paulo como Osasco, Caieiras, Cajamar entre outras.

Rodovia dos Bandeirantes: Ver Rodovia dos Bandeirantes. Importante via de ligação em São Paulo passando pelos distritos de Pirituba, Jaraguá, Perus e Anhangüera. É paralela à Via Anhangüera.

Avenida Raimundo Pereira de Magalhães: Inicia-se no distrito da Lapa, terminando na divisa de São Paulo com o município de Caieiras. Liga Pirituba ao distrito da Lapa, à Marginal Tietê, passa pelos subdistritos de Piquerí, Chac. Inglesa, Jardim Felicidade, Vila Zatt, Vila Clarice, Taipas, Jardim Rincão, Shangrilá entre outros, também liga Pirituba aos distritos de Jaraguá, Anhangüera e Perus. Nela localiza-se o Terminal Pirituba, a Estação Pirituba e o Hospital Psiquiátrico Pinel. É uma das maiores avenidas de São Paulo com quase 20km.

Avenida General Edgar Faccó: Inicia-se no bairro do Piqueri (pertencente ao distrito de Pirituba) e é limite com o distrito de Freguesia do Ó. Tem cerca de 2,6 km e faz parte do corredor Pirituba-Lapa-Centro. Importante via de ligação ao centro, ponte do Piqueri e à Marginal Tietê.

Avenida Paula Ferreira: Inicia-se no distrito da Freguesia do Ó e termina no distrito de Pirituba, quando liga-se à Avenida Raimundo Pereira de Magalhães. Tem cerca de 3,6 km a partir do distrito de Freguesia do Ó e é via de importante acesso para os bairros do Piqueri, Vila Bonilha e Vila Pereira Barreto. Localiza-se nela a Estação Pirituba, o Shopping Pirituba e o Largo da Matriz de Nossa Senhora do Ó.

Avenida Mutinga: Inicia-se em Pirituba e termina no município de Osasco. Tem cerca de 5,5 km e passa pelos distritos de Pirituba, São Domingos, Jaraguá e Vila Jaguara, terminando no subdistrito de Remédios.

Avenida Elísio Cordeiro de Siqueira: Antiga Avenida Um, liga os distritos de Pirituba, São Domigos e Vila Jaguara.

Avenida Doutor Felipe Pinel: Liga Pirituba aos distrito de Jaraguá.

Avenida Elísio Teixeira Leite: Tem cerca de 7,2 km e abrange os distritos de Freguesia do Ó, Pirituba, Jaraguá e Brasilândia.

Outras via importantes são Avenida Alexios Jafet, Estrada São Paulo-Jundiaí, Avenida Chica Luisa, Estrada de Taipas, Avenida Benedito de Andrade, Avenida Fuad Lutfalla e rua Guerrino Giovanni Leardini.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Metallica – Paixão sem limites

Há muitos anos, mais especificamente em 1990, um colega de bairro e vizinho me apresentou uma banda de Heavy Metal extremamente pesado, chamada Metallica. Pois bem, na casa do Niltinho eu ouvi pela primeira vez a música Fade To Black, do segundo álbum da banda intitulado Ride the Lightning. Na verdade, eu não gostei muito na primeira “ouvida”. Achava um som muito desconexo para os padrões do meu ouvido que na época era viciado em Iron Maiden, Black Sabbath e Led Zeppelin.



 
Acabei não procurando materiais da banda por quase seis meses pois a mesma não havia conseguido tocar o meu coração. No mesmo ano, pela primeira vez na TV mundial, o Metallica veiculava o seu primeiro Video Clip da música One, do album ...and Justice for All... . Naquele momento, meu corpo arrepiou inteiro, os olhos brotavam lágrimas e pela primeira vez, o Metallica havia realmente entrado na minha vida.

Passei a colecionar todos os materiais possíveis dessa banda maravilhosa, rotulada no estilo Trash Metal (discordo, prefiro pensar que eles criaram o Speed Metal). Foi uma paixão a “segunda-vista”. Estudei a história, colecionei posters, fui em shows (Palestra Itália, na turnê do Black Album) e com o surgimento da internet, comecei a ver shows, bootlegs e tudo mais que a banda pudesse lançar.

Ainda era pouco – eu queria realmente sentir o que essa banda podia me proporcionar de tão bom que eu não estava vendo. E consegui. De todos os albums, o meu predileto é justamente o album que eu neguei (Ride the Lightning). Canções engajadas socialmente, críticas, letras que falam de vícios, vida e sentimentos. Este album era a “porrada perfeita”. Creeping Death e Ride the Lightning entravam no cérebro como uma furadeira.

Sou pirado no Album Master of Puppets, mas não gosto de tradicionalismo. Prefiro canções como Lepper Messiah (um tapa nas religiões) e Orion. Este album é um divisor de águas pois foi nele que o Metallica realmente provou para que veio ao mundo.

Já no ...and justice for all.., canções como One, Havester of Sorrow e Dyers Eve mexem comigo como um tanque de guerra passando por cima de tudo o que vê pela frente. É verdade, eu sou um cara sentimental.

Depois de muito vício, acabei deixando o Metallica um pouco de lado para conhecer a segunda banda que mais gosto (vide meu post sobre o Pantera), porém, neste ano, descobri um outro lado dessa banda que eu ainda não conhecia. O poder de tocar no coração das pessoas.

Princesa é uma pessoa que gosta muito de Rock and Roll, mas nunca foi muito ligada em Metallica por vários motivos (alguns até parecidos com os meus no início). Um certo dia, estávamos batendo um longo papo e ao fundo, ouvíamos, em seqüência, os albums Ride the Lightning e Master of Puppets. Em um determinado momento ela parou, me olhou e disse: -Caraca, eu não sabia que Metallica tinha esse poder. Nunca ouvi Metallica desse jeito.

Mais uma pessoa era conquistada pelo ritmo frenético dessa banda que consegue até arrasar corações. Eu acabara de conseguir (mais uma vez) o feito de fazer alguém gostar de Metallica. Toquei o coração de mais uma pessoa com um tipo de música que não é só de qualidade, mas também de sentimento.

Wellcome home (Sanitarium). Conheçam essa banda.

Abraçoooooooooosssss.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A frase “Eu te amo”.

Hoje, depois de vários diálogos e entendimentos sobre o significado da frase “eu te amo”, entendi que, apesar de ainda ter certa razão sobre o seu significado, o sentimento de angústia ainda prevalece no coração de algumas pessoas.



Infelizmente, esta frase está banalizada ,sendo utilizada como um simples artefato para conquista de um coração. Corações não são feitos de pedra, tem sentimentos e também se machucam com a utilização de algumas frases de forma errada. A frase “eu te amo” é mais que uma declaração. É a forma perfeita de declarar a união entre as pessoas.

Há dois dias, eu mesmo pensei que esta frase poderia ser dita de várias formas, como um simples “sinto o maior carinho por você”, ou até mesmo um “como você está?”. E tinha razão – curioso como sou, hoje resolvi pesquisar a frase e me surpreendi com o que li.

Pessoas mais experientes do que eu para a escrita, postaram em seus blogs as coisas mais lindas que já li sobre o amor. Digo mais, tudo vai de encontro com o meu pensamento.

As pessoas podem dizer “eu te amo” pelo simples carinho de gostar de alguém, ou como uma forma de demonstrar afeto entre amigos, entre outros. Claro, tudo isto deve ser feito com a maior sinceridade do mundo, pois a frase “eu te amo” não é dita, ela costuma sair pela boca naturalmente (como uma criança que ainda não fala, mas sente).

Amar é sentir, desejar, querer, poder, gostar, cuidar, manter, agir, etc... eu te amo é a indicação de sentimento e revelação de mais uma essência da vida. O verdadeiro desejo de parceiria.
Estava tomando a sagrada dose de meu JD com meus amigos de empresa, quando me surpreendi com o comentário de meu amigo Paulinho, que foi: - Flávio, lhe conheço há mais de oito anos e de três semanas para cá é que notei um novo sorriso em seu rosto.

Eu disse a ele: - Paulinho, meu amigo, eu estou amando. Logo ele me perguntou: - Mas quem é? E eu respondi: - A vida. Na verdade é uma união de fatores que fizeram com que eu passasse a amar mais a vida e as pessoas. Um coração meigo e sincero é responsável por este acontecimento inédito em meu rumo ao meu envelhecimento.

Paulinho abriu um enorme sorriso dizendo: - Você agora está mais feliz. Eu realmente senti isso. E eu respondi: - Paulinho, você está conhecendo o verdadeiro Flávio.

Resumindo, a única coisa que quero dizer a vocês, meus verdadeiros amigos e parceiros, é que EU – quem vos fala, amo a todos vocês. Amo a vida, a união, a fraternidade, o sentimento, a inocência e tudo mais que possa me deixar feliz.

Para você que lê esse texto e vê que faz parte dele, eu só posso dizer uma coisa: Eu te amo.

Ame, sinta.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Deus me deu um dom – Informaticar a informática (Memórias de um nerd)

Éramos adolescentes. Mamãe resolveu dar um automóvel de presente para meu irmão. Um opala duas portas, motor 250 S e cambio quatro marchas (o sonho de qualquer um da época). O automóvel estava em boas condições (pintura, conservação, funilaria, bancos, etc...) e tinha um ronco de dar inveja a qualquer um do bairro.


 
O mais sensacional é que nós curtíamos o carango, pois todos os fins de semana ele era lavado, polido e tudo mais que deve ser feito em uma “barca” de respeito. O motor, sempre bem cuidado, recebia o carinho “weekendal” como uma tradição.

O sucesso do bairro. Pegas para lá, pegas para cá e ninguém conseguia pegar o “opalão” dos “meninos da farmácia”. Era a coqueluche do Jaraguá. Passat turbo, Opala, Gol, Saveiro – todos engolidos pelo “diabo verde”.

Até que em um belo “feio” dia, meu irmão sofreu um acidente com o verdão. Voltando de Pirituba, acertou em cheio a muralha do Clube Campestre do Jaraguá. Nada sobrou. Aliás, até sobrou, mas acidentalmente quebrou também (o para –brisa).

Destino do veículo?Praticamente sucata. Os irmãos da banca de jornal do Vadão resolveram comprar o monte de entulho por míseros R$ 1.500,00 da época. Em outra história, conto a reforma do carango.

Aí veio o destino: O que fazer com o dinheiro arrecadado com a venda dos restos quase mortais do opalão? E a idéia surgiu. Vagalume, um colega de bairro, conseguira um lote de computadores AST Bravo para venda. Voilá – compramos o que podemos chamar de “o início do Flávio na era informatical”. A idéia era informatizar a drogaria deixada pelo meu pai (fato que nunca aconteceu, pois utilizávamos o computador em casa).Era uma máquina super potente. Um 486 DX 2 66 com 256 MB de memória e 15 GB de disco rígido.

Um grande amigo me deu o caminho das pedras. Como utilizar, o que fazer, como proceder, etc. Na época a internet não existia e então, nós conectávamos a uma BBS para poder “conversar” com outras pessoas, retirar imagens, jogos, entre outros.

Mas eu queria mais. Não bastava utilizar o computador apenas para diversão. Comecei comprando revistinhas de informática e passei a programar dentro de casa. Que tudo. Sentia-me um rei da computação.

Já mais experiente, veio a oportunidade de dar aulas. Peguei duas escolas de bairros distantes para dar aulas de cursos básicos, como Excel, Power point, Word e Windows. Ótimo, era o que realmente eu curtia, mas ainda era pouco.

Surge então a grande oportunidade de entrar em uma empresa metalúrgica como auxiliar de departamento pessoal. Claro, não tem nada a ver com informática – mas era eu quem cuidava de todos os computadores. Uma rápida passagem – apenas um ano e surge a primeira proposta para trabalhar realmente na área como implantador de sistemas.

Virei praticamente um “work a holic” da informática. Comia livros, revistas e tudo o que tivesse a ver com o ramo. Fiz cursos, me certifiquei, fiz especializações e como num passe de mágica (de quase nove anos), me tornei um experiente desenvolvedor e gerente da área de TI de uma empresa de São Paulo.

Praticamente com todos os sonhos realizados na área, ainda sinto que falta muito, mas muito mesmo para evoluir.

A mensagem que quero deixar neste texto é a seguinte: Se você tem objetivos, alcance-os, por mais árduos que sejam. Caia de cabeça, estude, se mate pelo que deseja. Vale apena. Vale MESMO.

Isto é apenas um resumo de mais de quinze anos na área de informática. Resumido pois neste período, terei muitas outras histórias para contar a vocês.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O processo natural da vida - Memórias de um Religioso

Digamos que a grande maioria que lê este blog crê em Deus, ou acredita em uma força superior, algo que realmente “criou” o universo ou em alguma coisa que realmente seja oculta. Na maioria das vezes isto vem de cultura, de pai para filho, tradição, família e convivência.


É comum dizer que tudo o que aprendemos sobre forças superiores e até mesmo a crença em algo, ou a devoção a uma determinada religião é uma conseqüência natural dos costumes diários que são estabelecidos pela vida, mas não é comum ouvir ou sentir das pessoas uma mudança comportamental por opinião própria.

Sou um típico católico apostólico romano não “frequentante”, que representa a grande maioria que segue esta religião. Porém, sou um não “frequentante” por opinião própria, ou seja, não segui a conseqüência natural da vida. Eu segui o processo natural da vida.

Para seguir este processo, preferi conhecer, estudar e me atualizar sobre tudo. Nestes poucos trinta e dois anos de vida que tenho, passei por diversas religiões com o intuito de aprender, conhecer, levantar e principalmente discordar por opinião própria. No meu ponto de vista, é aí que está uma das grandes essências da vida. O livre arbítrio. Mas algumas pessoas confundem o livre arbítrio com liberdade de execução. Prefiro pensar que seja a liberdade de escolha embasada em uma doutrina do próprio coração.

Isto me fez aprender sobre tudo e todos, sobre costumes, crenças, tradições, rituais e sentimentos. O que eu quero dizer é que é possível crer em Deus ou algo superior sem termos que nos apegar a rótulos ou nomes de designação. Não me esqueço mais da frase “acima a fé, abaixo a religião”. Como um bom metaleiro que sou, por muito tempo fiz dessa frase um hino, porém, hoje prefiro pensar que as pessoas devem sim se apegar a alguma coisa, nunca esquecendo que a fé é o princípio de tudo.

Todos os dias pela manhã eu levanto, faço meus exercícios corporais, falo com Deus (não preciso de orações, rezas e devoções para falar com ele) e vou para o meu tradicional banho, para limpar o corpo da sujeira e de toda a impureza do dia passado.

Depois de colocar tudo isto em pauta aqui para você, leitor, quero deixar bem claro que o único objetivo que eu tenho com este texto é de deixar uma mensagem de liberdade de pensamento, opinião e sentimento. Seja você mesmo, faça sua própria escolha, não se rotule. ESTUDE, ENTENDA, SINTA.

Só com isto você notará que o processo natural da vida é mais simples do que possa imaginar. Digo isto, pois nesta minha atual fase, estou mais feliz comigo mesmo do que quando levava uma vida rotulada e metódica, com muitos objetivos e pouca felicidade.

Hoje eu tenho sentimento, amor próprio, fé, saúde, felicidade e mais – companheirismo. É verdade, o companheirismo apareceu em minha vida e cada vez mais, Deus (em quem eu creio) faz com que as coisas venham a fluir de forma totalmente natural. Tão natural que parece ter reservado um momento especial para o daqui em frente. Tão natural que as coincidências são enormes. Tão natural que mostra que a união entre pessoas deve ser mais que uma junção – deve ser na forma de respeito ao próprio espaço, onde um mais um realmente são dois. Deus esteja sempre no coração da pessoa que me mostrou isto.

Gosto de minhas manias, dos meus desejos, dos meus amigos, das minhas ambições, da minha virtuose e de tudo que me deixa feliz.

Seja feliz. Deixe que tudo em sua vida aconteça em um processo, nunca em uma conseqüência, mesmo que natural. Quem vive de conseqüências se entrega e não entende o real sentido da vida.

Beijos a todos.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Rosas colombianas.

Bom dia pessoal, tudo bem? Apenas um post alegre e sentimental. Algo que esteve em minha mente este fim de semana.

Rosas Colombianas:
Andando lentamente pelas ruas, a névoa chega e a noite acolhe. O florista dá o grande sinal.Sinal para o princípio de uma "fisgada" perfeita. São rosas colombianas, vermelhas e abertas, sorrindo para o mundo.
Consigo. A isca realmente é fatal. Mas toda pessoa ainda possui dois sentimentos ao mesmo tempo.



Vem a grande dúvida. Devo ou não visitar o local de grandes sofrimentos como uma forma de pedir colo ao meu coração?Não consigo resposta, mas mesmo assim, o visito. O momento é insano - Alegria e tristeza batem no meu peito. Avistar a grande metrópole é o foco. Nada é visto pois a névoa não permite, mas tudo é sentido, com uma sintonia sem igual.

Chega a grande hora. Com pernas bambas, lanço o meu passaguá para retirar o peixe d'água. É como eu disse: Dois sentimentos apareceram. Apareceram, mas mais uma vez, o coração falou mais alto. Isto é o que importa - o coração.

Os sentimentos afloram e me torno a pessoa mais feliz do universo por alguns instantes. Não posso pensar em outra coisa que não o brilho dos olhos diante da luz noturna. Olhos brilham. Corações brilham. Brilharam, venceram e perderam o medo da felicidade.

A felicidade. Esta causa medo, mas dá alegria. Alegria de viver. A isca? Está atrelada ao peixe e não será largada. Pelo menos não é o que pretendo. Iscas quando removidas, machucam. Na maioria das vezes ao peixe, mas em algumas vezes ao pescador. Fico com o peixe, é o melhor e mais gostoso a ser feito.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O bom e velho Rock And Roll (memórias de um metaleiro)

Sou de uma família que basicamente tem a cultura nordestina e ao mesmo tempo italiana, com gostos que vão de Luiz Gonzaga, Alceu Valença até Chico Buarque, porém, em toda a nossa enorme ramificação existe alguém que escuta o bom e velho Rock And Roll.

Quando mais novo, por volta dos seis ou sete anos de idade, costumava escutar Led Zeppelin, Janis Joplin, Louis Armstrong e Jimi Hendrix graças ao meu falecido pai. Minha mãe, apesar de também gostar de rock, estava mais ligada ao lado cultural engajado, como Chico, Milton Nascimento, entre outros.



 
Eu não esqueço mais a primeira sensação que tive ao escutar Iron Maiden pela primeira vez, graças ao meu primo mais velho. Eu devia ter por volta de oito anos de idade. Ele apareceu em casa com o Álbum “The Number Of The Beast”, um clássico consagrado dessa enorme banda do NWOBHM (sigla de New Wave of British Heavy Metal, ou a nova onda do Heavy Metal Britânico).

Ao escutar o album, parece que tive uma overdose de informações em frações de segundos. Era tudo o que eu precisava ouvir. Imaginem só, uma criança de oito anos fã de uma banda de Heavy Metal. Pois é, foi aí que a coisa realmente “desbundou”.

Meu irmão, extremamente fanático pelo punk nacional, passou a me fornecer alguns cassetes (fitas de áudio, tá bom? Menininhos de dezoito anos) de gravações de bandas muito interessantes, algumas nem tanto. Tive contato com Cólera, Replicantes, Inocentes, Plebe Rude, entre outras.

Mas a coisa só estava começando. Eu ainda não sabia ao certo de que realmente eu gostava, pois era muito novo para ter uma linha de estilo. Com o passar dos anos, escutei muita coisa do rock and roll nacional e internacional que vai desde o estilo Dark (novamente para os menininhos de dezoito anos – estou falando do atual gótico), New Wave, Rock Popular, Punk, Heavy Metal, Rock’a Billy, Rock Psicodélico, Psyco Billy, entre muitas variantes que das quais ainda hoje eu aprecio.

Também escutei muito lixo do rock e de outras vertentes para tentar ver se realmente o Rock era o que eu queria para a minha vida. E não tenho vergonha de dizer. Bandas como Pet Shop Boys, Erasure, Technotronics e muitos outros tocaram na minha vitrolinha (olha eu novamente... Vitrola é um aparelho que reproduz “mídias” de vinil – tudo bem?Dúvidas, procurem no Wikipédia). E aprendi muito com estes estilos. Aprendi que realmente o que vale é escutar o bom e velho Rock and Roll.

Aos onze anos de idade, veio a minha primeira banda de Rock. Eu, meu irmão e um rapaz chamado Helder, montamos uma banda de pop dos anos oitenta/noventa (com ORGULHO, eu vivi o fim dos anos oitenta e o início dos anos noventa). Tocávamos músicas de bandas como Legião Urbana, Engenheiros do Hawaii, Titãs, Nenhum de Nós, Uns e Outros e várias outras bandas que estavam nas “paradas de sucesso”. Foi uma excelente experiência de vida, mas que infelizmente durou pouco (tínhamos que estudar e a grana do papa era pouca para nos bancar). Fizemos vários shows, dentre eles o tributo ao Raul Seixas (um ano de morte) na cidade universitária. Não esqueço mais da cena local – todas as bandas tocavam “Raul” e os espectadores estavam mortos na grama, vendo shows monótonos. Chegamos e “tocamos o pânico” literalmente. Todos levantaram para ver três meninos quase adolescentes agitando no palco. Bons tempos.

Esta banda acabou, outra veio, foi, mais uma, foi também e assim segui no ramo da música. Até os meus dezesseis anos eu ouvi muita coisa legal e também conheci muitas variantes do rock and roll (mais especificamente do Heavy Metal).

A minha escola do rock, que realmente gosto MESMO é o agressivo Trash Metal. Bandas como Pantera, Sepultura, Megadeth, Anthrax, Metallica, Slayer, e muitas outras fazem parte desse grupo seleto. Concordo – tem que ter estômago para se ouvir um bom Trash, mas é por isso que ouço. Meu estômago é mais forte do que imaginava, precisava de um bom barulho.

Em outra fase, passei a ouvir bandas do Metal Industrial (estilo variante entre o Trash e o Heavy Metal americano). Bandas como White Zombie e Prong não saiam do meu Walkman (meninos de dezoito anos sabem o que é né?). Nesta mesma fase eu procurava coisas que não faziam sentido também (algo do Black Metal e Death Metal).

Já com a maioridade alcançada, casado e experiente de heavy metal e rock and roll, ouvi novos estilos como o New Metal (surgido do Trash Metal e do Metal Industrial). Gosto de bandas como Slipknot, Korn e Linkin Park.

Em todo este período, membros da família se tornaram músicos profissionais e experientes, outros abandonaram a carreira (como eu) e a grande maioria assiste de camarote.

O que eu quero dizer com tudo isso é que o rock and roll não é só um estilo de música, mas sim, um estilo de vida também. Para um verdadeiro rockeiro, o que vale é a quantidade de informações e novidades. Um acervo enorme faz parte da idéia também. Possuo em meu acervo mais de dez mil músicas das enormes variantes do rock and roll (Elvis, Beatles, etc...).

É isso pessoal. Viva o rock and roll. Viva o estilo de vida musical.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Grândola, Vila Morena

Clipping by Wikipédia

"Grândola, Vila Morena" é a canção composta e cantada por Zeca Afonso que foi escolhida pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) para ser a segunda senha de sinalização da Revolução dos Cravos. A canção refere-se à fraternidade entre as pessoas de Grândola, no Alentejo, e teria sido banida pelo regime salazarista como uma música associada ao Comunismo. Às zero horas e vinte minutos do dia 25 de Abril de 1974, a canção era transmitida na Rádio Renascença, a emissora católica portuguesa, como sinal para confirmar as operações da revolução. Por esse motivo, a ela ficou associada, bem como ao início da Democracia em Portugal.



A canção foi incluída no álbum Cantigas do Maio, gravado em Dezembro de 1971, disco que conta com os arranjos e direcção musical de José Mário Branco. "Grândola, Vila Morena" é a quinta faixa do álbum, gravado em Herouville, França entre 11 de Outubro e 4 de Novembro de 1971.

Zeca Afonso estreou a canção em Santiago de Compostela (capital da Galiza) em 10 de Maio de 1972.

No dia 29 de Março de 1974, Grândola, Vila Morena foi cantada no encerramento de um espectáculo no Coliseu de Lisboa. Na assistência estavam militares do MFA, que viriam a escolher a canção como uma das senhas para o arranque da Revolução dos Cravos. Curiosamente, para esse espectáculo a censura havia proibido a interpretação de várias canções de Zeca, entre as quais "Venham Mais Cinco", "Menina dos Olhos Tristes", "A Morte Saiu à Rua" e "Gastão Era Perfeito".

À meia-noite e vinte minutos da madrugada do dia 25 de Abril de 1974, a "Grândola, Vila Morena" foi tocada no programa Limite da Rádio Renascença. Era a segunda senha que confirmava o bom andamento das operações e despoletava o avanço das forças organizadas pelo MFA. A primeira senha, tocada cerca de hora e meia antes, às 22 horas e 55 minutos do dia 24 de Abril, foi a música "E depois do adeus", cantada por Paulo de Carvalho.

Pouco antes da sua morte, Zeca Afonso e vários amigos seus galegos cantaram ao vivo e gravaram uma nova edição da canção na Homenagem da Galiza a José Afonso.

Ainda na década de 70, Nara Leão lançou no Brasil, em compacto simples, a canção.

Em 1987 foi regravada pelo grupo de rock brasileiro 365, no seu LP Mix da Música São Paulo, constando na 7ª faixa com o nome de "Vila Morena".


A letra da composição:

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade



Referências:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A2ndola,_Vila_Morena

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A forma mais antiga de transmitir afeto.

Não existe coisa mais bela no mundo do que a demonstração de afeto para com o próximo. Seja na forma de um abraço, um carinho ou até mesmo em um simples olhar. Mas existe uma em especial que me cativa muito, e não é pela atitude, mas sim pela sintonia em que as partes envolvidas devem atingir. O beijo.

Há milênios o beijo é consagrado como a maior demonstração de afeto que um ser vivo pode ter por outro. Nem só por outra pessoa, mas por um animal, uma foto ou uma imagem. Existem beijos de amor, amizade, paixão, desejo, sedução, despedida, carinho, etc... Todos eles têm a sua forma e seus detalhes específicos.

Os peixes beijam, cães beijam, pássaros beijam.


É tão belo ver um filho sendo entregue na escola pela mãe que acena para seu pupilo e ao mesmo tempo envia aquele beijo de lábios já com saudades. Também é maravilhoso saber que homens se beijam no rosto para demonstrar o respeito e a amizade ao qual construíram com o passar dos anos.

O beijo é mais que uma simples demonstração de carinho. Ele é a forma mais bela para a demonstração do afeto no coração.

No âmbito da sedução, paixão, amor e desejo, em minha modesta opinião, o beijo não deve ser simplesmente o encosto um par de lábios e a troca ferrenha de saliva através do toque lingual. É mais do que isto. Tem que haver sintonia, tempo, clima para somente depois se preocupar com o desejo.

Este tipo de beijo não vem de uma única boca (o beijo perfeito não é aquele que você gosta), por tanto, ambos tem que sentir satisfação máxima para esta troca de afeto. Nunca ouvirão de mim que “tal pessoa beija bem” ou “tal pessoa beija mal”. Mas vocês sempre ouvirão (com certeza): “Estávamos em uma sintonia sem igual” ou “Nós não estávamos bem para beijar”.

Sou do tipo delicado, que gosta de explorar todos os sentimentos através de uma boca que espera por um afeto. Gosto de vasculhar cada cantinho, cada detalhe de um beijo. E beijos (em minha opinião) não devem ser longos, mas devem parecer eternos. A representação mais próxima é a erupção de um vulcão, onde todos ficam atônitos aguardando o resultado final, que nunca acontece.

É aí que está a sintonia – o não ter fim tendo fim. O não ter explicação para o explicável. É dar de dentro de si, toda a energia possível em forma de gratidão.

O fim de um beijo? Simples. Representa a saudade sem estar longe. Isto é importante, pois demonstra que a sintonia está perfeita.

Beijem sempre, no rosto, na testa, no pescoço, no cachorrinho, no gatinho, na foto que representa saudade, durante um abraço, um afago, etc... Mas beijem. Somente assim poderemos ter um mundo mais sintonizado e com enorme afeto.

"Amoras, são como beijo. Docinhas, azedinhas, delicadas e saborosas. Amoras são como lábios sendo tocados diante do tempo frio e da bela paisagem de Veneza. Amoras são simplesmente amoras. Saudade de amoras."

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O dia maravilhoso (memórias de um visionário).

Um final de semana tem que começar perfeito em todos os detalhes possíveis. E não é que este começou? No sábado foi dada a largada para o Siscart Union’s trip (nome dado por mim), encontro dos parceiros, colaboradores e funcionários da empresa Siscart Informática no “Sitio do Paulão”.

Levantei cedinho e dei um “tapa” na casa. Guardei roupas, lavei a louça e limpei o chão (estava bem sujo). Tomei um belo banho com direito a fazer a barba, coloquei uma roupa bem a vontade e fui fazer um exercício na praça do Por do Sol. Voltei para casa, tomei um outro banho gostoso e parti em direção a casa da minha parceira de todas as horas.



Nove horas da matina e saímos em rumo ao “Sitio do Paulão”. Viagem rápida e sem paradas pois a estrada estava vazia e com a pista boa. Chegamos – a grande maioria já estava lá (outros foram chegando aos poucos).

Que barato. Imaginem só: Sinuca, futebol, piscina, música, churrasco, animais, verde, pesca, céu maravilhoso e todas as pessoas que eu mais gosto em um único lugar. O dia passou rápido (uma pena), mas foi bem aproveitado. Destaque para a prova do tapa na cara (afe Maria).

Saindo do sítio, vieram as compras. Ovos caipiras do Deusdeti, doce de leite com morango e maracujá e morangos BRILHANDO. Direção – São Paulo – Parada – Frans Café.

Copinho de água com gás, soda de amora (se não me engano), descanso corporal e um bate papo leve, suave e gostoso. Precisávamos terminar o dia em grande estilo.

Próximo destino: Praça do Por do Sol. Ela estava fantástica e acolhedora, com diversas pessoas deitadas na grama, outros tocando violão, alguns namorando e muitos apreciadores do céu. Ah, o céu. Este nos deu uma gama enorme de estrelas para apreciarmos (há tempos não olhava para uma estrela). Desejos foram disparados para duas delas. Eles se realizarão com certeza. Boas lembranças vieram naquele momento. Todo o mundo do ciclismo veio a minha mente – meus pés sentiam isso.

Ainda existia espaço neste dia para mais passeios. Destino – Mirante da Lapa. A passagem foi rápida pois o local não estava parecendo muito “acolhedor”. Logo procuramos outro destino com auxílio da menina “ROTUNDA”.

Que ciúmes. Quase quarenta e cinco minutos para chegar ao destino (estávamos indo visitar um país dentro de São Paulo). A rotunda nos desviou para um rumo sem fim, mas conseguimos chegar ao local desejado.

Já lá, apenas um resumo: Carinho, gratidão, companheirismo, afeto, amizade e um soninho gostoso. O dia estava começando para os pássaros e terminando para nós (quase quatro da manhã). Destino – Nossas casas.

Em casa, um sono gostoso, profundo e com bons sentimentos afinal, este foi um dos melhores dias da minha vida.