quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Futebol, condução, bicicleta e cultura.

No conjunto geral, o Brasil é conhecido como o país do futebol, que possui os melhores jogadores, times de ponta, técnicos excelentes e campeonatos eletrizantes. Tudo isso, sem falar sobre a seleção “canarinho”, cinco vezes campeã mundial.

Os brasileiros se orgulham muito desses fatos, pois, como sabemos, é um povo sofrido, simples, de acesso a cultura de uma forma mediana e no geral, com poucos recursos para conhecer o mundo a fora. Claro, em minha opinião, o acesso a cultura não é tão complicado assim, como por exemplo, os SESC’s existem e são de fácil acesso, e possuem diversas programações culturais gratuitas. Para ir a um SESC, basta um trem, metrô ou ônibus no fim de semana.



Mas andar de condução em São Paulo parece ser uma lástima para a grande maioria. Trens lotados, o metrô não dá conta do recado, o ônibus que não ajuda por causa dos corredores criados, e por aí vai. São desculpas, desculpas e mais desculpas para justificar o não conhecimento e a não cultura.

Eu morei por muitos anos em Suzano, onde pegava o trem para ir trabalhar às 5:15, descia na estação do Brás às 6:15, pegava outro trem para a estação da Luz e descia a rua Prates inteira a pé para fazer o meu serviço diário. O retorno era o mesmo, porém, quando chegava em Suzano, ainda ia para o colégio estudar, voltando para casa apenas às 23:00. Tudo isso, eu fazia sempre com sorriso no rosto, sempre contente e sorridente. Mesmo após a semana puxada, tinha fôlego nos fins de semana para os meus passeios e por nem por isto eu ficava desanimado.

Uma grande opção para se fazer passeios aos fins de semana é fazer o uso de bicicletas. Elas te levam para qualquer lugar sem custo algum e em muitos dos passeios, você encontra bicicletários para acomodá-las. Para fazer um bom passeio, basta um aparelhinho de MP3, um bom rock and roll e uma ida a qualquer parque de São Paulo, como por exemplo, o parque Villa Lobos, na zona oeste de São Paulo.

O acesso é gratuito, a estrutura é maravilhosa e além de tudo isso, o parque possui uma programação cultural aos fins de semana. Que bacana, não é? Tudo bem, pode ser que alguém diga que as vias não estão preparadas para acomodar os ciclistas, que os motoristas não os respeitam e mais blábláblá do que whiskas sachet (quem se lembra desse comercial, entenderá o whiskas). É aí que entra a boa vontade.

Todos nós podemos fazer um belo passeio ao sábado ou domingo sem gastar um real sequer. Basta ter boa vontade, dar uma olhadinha no jornal gratuito que é entregue nos semáforos e escolher o passeio. Depois, é pegar a bike, sentar o traseiro e ir se divertir. A cidade está aí para todos, com todos os seus eventos, disponibilidades e alegrias. Basta olhar as coisas com outros olhos.

Viva São Paulo,

Polo cultural brasileiro

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Sabonete, quiabo e KY Gel.

Eu não costumo me pronunciar quando o assunto é política, pois cada um tem uma opinião e é um tipo de assunto problemático de se discutir. Gera muita intriga, raiva, incoerência e revolta quanto à falta de entendimento das pessoas.

Tenho o meu partido político preferencial, mas concordo que nem todos os políticos pertencentes a ele me fazem feliz. Logo, eu voto em quem me “satisfaz” e em quem possa fazer “algo” pela população brasileira.



 
Quando digo “população brasileira”, me refiro a todo o Brasil em um contexto geral. Não posso aceitar a situação de que as pessoas votam no político “Alfa”, pois ele fará bem para a região sudeste e esquecerá completamente o nordeste, ou votam no político “Beta”, que dará o “plano ‘Ajude-me’” para a região norte e nordeste, esquecendo de ajudar a região que move o país como máquina capitalista. Pensando assim, o que eu vejo hoje é um bando de políticos interesseiros, não generalizando todos, porém, quase em sua totalidade, que pensam única e exclusivamente em “ganhar” uma eleição como se fosse uma corrida do milhão ou o grande prêmio do Japão.

Ludibriar uma pessoa, em meu ponto de vista, deveria ser um crime previsto no código civil quando o assunto é política. Prometer sem cumprir, ou cumprir pensando no “daqui quatro anos” é o pior método de pensamento de um político. Digo isto referente ao PAC, ou PEC, PIC, POC e até o PUC. O “bolsa minha mãe”, “bolsa meu filho”, “bolsa caralho a quatro” e tudo que possa desviar o sentido metodológico de um país que também fazem parte deste pensamento revoltante que eu tenho.

No sábado, estive em um evento extremamente importante para os sistemas de telecomunicações do Brasil. Pouparei os leitores de comentar qual evento, pois acredito que quem se “interessa”, se “antena”. Em um determinado momento, uma pessoa de alto escalão, responsável por uma grande parte que representa a economia do Brasil, foi convidada a subir ao palco e foi questionado em relação ao investimento que o seu departamento poderia fazer, como forma de ajuda.

O que eu vi foi uma mistura de sabonete com quiabo e KY Gel. Não disse que “sim” ou “não”. Mais uma vez questionado, agora de forma mais direta, senti-me em uma piscina de gel ou lama, pois o “cara” conseguia escorregar de todas as mãos. A última pergunta foi: - Você vai investir com dinheiro? Espécie? Moeda ou papel? Pessoal - ele respondeu, para a alegria de todos. Mas para a tristeza, a resposta foi: - Podemos contribuir com papéis da D.A.

Para quem não sabe, papel é dinheiro, mas pode ser dinheiro embargado, como cotas societárias de empresas que estão em processo de falência. Mais uma vez, o quiabo apareceu, nada foi respondido e a promessa foi “cumprida” com algo que talvez nem tenha valor. Plantar a sementinha, como este político disse, é muito vago, sem sentido. Plantar significa “iniciar” e não “tentar”.

Não estou aqui pedindo nada para ninguém, muito menos desejando que o norte e nordeste pensem no sudeste, sul e centro-oeste, pois está claro que isto não acontecerá. É fácil colocar míseros reais na mesa de alguém para sentir a felicidade do ser ludibriado e “angariar” de forma visivelmente “incorreta” estes votos. O difícil é termos uma população sadia de pensamento quanto à política, que pensa realmente no futuro em um modo geral. Deixar como está é conformar-se com a realidade, ou seja, com a merda, quiabo, sabonete e KY Gel.

Tenho que dizer isto, pois é verdade: Viva o Tiririca. Viva o Netinho. Viva a mulher Melão. Viva o Ronaldo Esper. Viva os novos políticos que realmente estão aparecendo com a verdadeira cara que o Brasil tem no congresso e no mundo a fora: Cara de palhaço. Votar em palhaço nós já votamos desde a primeira eleição brasileira – a diferença é que agora, a coisa está mais “visível”.

Ficam aqui algumas idéias: Votem nas putas, já que os filhos não resolvem. Tentemos ser felizes. E que Deus salve a “rainha”, pois ela vai “governar” este “país” “democrático” e de “patriotas” de forma “inteligente”. Viva o nonagésimo primeiro dia de todos os anos, o primeiro dia do quarto mês. Viva a minha mentira.

Viva o Brasil, no sentido de viver o momento do país.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Descobri algo: Não nasci para resguardar o sentimento alheio.

Vindo de onde eu vim, com a criação que tive e com as dificuldades que passamos, sempre tive em mente a ajuda ao próximo com o simples objetivo de ver a satisfação no rosto de todos. Desta forma, sempre me entreguei e muito para tudo e para todos e muitas dessas vezes eu acabei me expondo ao extremo, onde me fiz passar por ridículo, falso, mentiroso e até mesmo, um ser “maligno”.



Eu explico: Sempre existirá uma balança onde devemos colocar um limite para o que faremos ao ajudar o próximo. Nos casos em demasia, acabamos nos tornando tão entregues que as pessoas ao redor acabam abusando de nós. E é aí que entra a exposição ao extremo, onde você é julgado por algo que não é e não fez.

Sempre procurei resguardar e proteger tudo e todos de qualquer tipo de situação que pudesse magoar e ferir um coração. É como sempre me senti – protetor, parceiro, anjo, ou até mesmo, chamado de super-homem por várias pessoas. Ser o super-homem nos causa mágoas, pois nós protegemos o próximo, porém, nunca somos protegidos. Somos os esquecidos, pois sempre nos lembramos de todos. Somos os não amados, pois amamos a todos que não tem tempo ou não se lembram de amar. Somos os pisoteados, pois colocamos o corpo a frente de todos. Somos os atingidos, pois paramos qualquer situação para proteger alguém. Se você se sente assim, este texto é para você.

Casos e situações a parte, ontem em casa, com uma bela dor de cabeça por causa de uma sinusite que resolveu aparecer, a quarta via expressa de minha mente resolveu abrir as cancelas e trabalhar junto com as outras três que estavam congestionadas em sentido duplo. O que mais me assustou durante este momento de pensamento é que na exata hora que comecei a refletir sobre tudo o que fiz para ajudar aos outros e tudo o que sempre desejei de bom para todos, eu tive um choque visual e ao mesmo tempo, de lembrança.

Estava na hora de rever alguns conceitos em minha vida, mas isso foi a parte mais fácil. Não gastei mais que quinze minutos para entender e assumir que sempre quando eu penso no próximo, Deus me coloca a prova e isto é a coisa mais importante em minha estrada. Estar a prova é sinal de sempre ser lembrado pelo ser mais importante do mundo, seja uma prova boa ou uma prova ruim.

Veio-me a resposta concreta, mesmo que eu já estivesse a utilizando há alguns dias atrás: Não irei resguardar a mais ninguém, pois nunca fui resguardado. Deixarei sim de ser o super-homem. Pesou em minhas costas a responsabilidade de ser um super protetor, um anjo que ao mesmo tempo é mal, uma pessoa que fala verdades e é interpretada como um mentiroso.

Preciso tomar cuidado com algumas coisas que faço e falo, mas agora, bem menos do que antes.

Quando minha quarta via fechou as cancelas, senti um alívio enorme e conseqüentemente as outras três vias descongestionaram-se. Senti-me melhor. Fui ao banheiro, fiz a barba, aparei o bigode e os pelos salientes para olhar no espelho e ver realmente o que sou:

Um ser humano de carne, osso e que também se fere, seja pelas coisas mais simples da vida. Seja por um simples resguardo.

Bom dia a todos.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O fim aos vinte e sete anos.

O rock existe e faz o seu “barulho” desde os meados de 1950, isto é um fato. Grandes bandas são responsáveis pelo sucesso que o estilo promoveu com o passar dos anos, e essas bandas são onde alguns pequenos pontos de luz brilham mais do que o habitual. São os preciosos “Rock Stars”.

Nomes como Elvis Presley, John Lennon, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Brian Jones, entre muitos e muitos outros, são detentores de uma mudança social, política e também ambiental na mente das pessoas. Escreviam letras engajadas, mesmo que subliminares, canções de amor, canções para diversões e também críticas de um modo geral.



Eu cresci ouvindo Led Zeppelin graças ao meu pai, que tinha uma fita cassete da turnê ao vivo da banda. Eu amava as músicas mesmo sem entender a letra, pois tudo estava em inglês. Mas isto não importava, pois eu gostava mesmo era de música, melodia e composição. Não vou abordar a cadência, pois o termo hoje está sendo muito utilizado pejorativamente.

Mas uma coisa me intrigava. Onde estavam os músicos que eu tanto gostava de ouvir quando era um menino de apenas seis ou sete anos? E a resposta do meu pai era: - Eles morreram. Era inconcebível na minha mente entender o motivo dessas mentes tão criativas não estarem mais entre nós, porém, eu ainda era uma criança para entender o que se passava na mente dos astros do rock.

Com um simples pensamento, o que me vem na mente é só um motivo: a válvula de descarga estava bloqueada e engripada. O que quero dizer com isto? Que a maioria dos rock stars não tinham mais por onde liberar a pressão da fama, sucesso e falta de privacidade, transformando suas mentes em máquinas de pensamentos absurdos e improdutivos indesejavelmente. Só posso imaginar que essas mentes brilhantes estavam em “Tilt”, sem compreender tudo aquilo que estava ocorrendo com eles.

Nos dias de hoje, não é de se aceitar que um fato justifique o ato em vários aspectos, mas eu prefiro acreditar que cada mente é uma mente e mesmo que brilhante, também sofre com suas idéias particulares. Mas o que vem em questão é: Qual o motivo desses cérebros maravilhosos irem embora justamente aos vinte e sete anos de idade?

Johnny Kid (acidente de carro), Jimi Hendrix (asfixiado), Janis Joplin (overdose), Jim Morrison (exames apontam ataque cardíaco, mas desconfia-se de overdose), Kurt Cobain (overdose), Gary Thain (overdose), Brian Jones (overdose), entre muitos outros, deixaram este lado da vida sem uma explicação plausível.

O livro “The 27’s-The Greatest Myth Of Rock & Roll”, lançado pela editora Samadhi Creations, possui uma vasta história sobre estes acontecimentos com as feras do rock and roll. O livro começa com a história do mito do Blues, o compositor Robert Johnson e trata de forma inteligente todos os outros acontecimentos, sem dar uma explicação definitiva para as mortes, apenas relatando e informando ao leitor os acontecimentos.