sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Resolvi ver a vida. Vou "bicicletar".

Hoje, quando acordei, olhei para o céu e vi que o tempo estava muito fechado, com algumas nuvens e um frio leve, escondidinho. Tratava-se de um convite perfeito para o que eu mais gosto de fazer: andar de bicicleta.



 
Há alguns anos, antes de sofrer o acidente que praticamente me tirou das pistas e ruas de São Paulo, eu costumava andar de bike nos dias mais frios e úmidos, pois assim eu podia abusar mais do rendimento cardíaco e eliminar as gorduras muito mais rapidamente. Geralmente aos sábados e domingos, levantava por volta das 9:00 am, e seguia um ritual básico: luvas, joelheira, cotoveleira, bermuda, capacete e mochila com acessórios. Subia em cima da magrela e a primeira parada, acontecia na Praça da City Boaçava.

Lá, eu costumava pular algumas sequências de escadas, pedalar em volta do quarteirão para esquentar o corpo e dava uma parada para tomar uma água, para refrigerar o sistema corporal. Com o corpo aquecido, o rumo era direto para a Praça Pôr-do-sol. Aí a coisa era um pouco mais brava, pois trata-se de uma praça com uma sequência longa de escadarias e gaps, wallrides e stair gaps assassinos.

Descia umas cinco ou seis “quedas” rápidas, para esquentar novamente o corpo e sentir o prazer de ficar no “ar” por alguns instantes. Pulos com liberdade do chão de três ou quatro segundos, faziam meus hormônios irem às alturas. Claro, a adrenalina e a endorfina não paravam de ser produzidas, deixando o corpo tremendo de tensão e prazer.

Já que estava próximo, não custava mais uma pedaladinha até a praça dos cachorros. Mais uma vez, uma sequência deliciosa de escadas e stairs para tirar o folego de qualquer rider. Nesta praça, velha conhecida de muitos acidentados, foi onde a minha vida mudou do vinho para a água na questão do esporte. Mas isto é outra história.

Descia umas quatro vezes, até as pernas cambalearem e não aguentarem mais. O prazer estava sendo executado e a magia, realizada. Uma rápida pedalada até a praça da MTV, para um slalon rápido. Duas ou três descidas. Depois, pedalava até o parque Villa-Lobos para encontrar alguns amigos e falar sobre bicicletas, bicicletas e bicicletas.

Tudo o que escrevi até agora, foi para resumir o que ando sentindo ultimamente na vida pessoal. Ao passear aos fins de semana, costumo (ou costumava) dar uma passadinha nessas praças e parques para relembrar os velhos tempos. Neste fim de semana, na praça dos cachorros, estive tão próximo que consegui sentir as derrapadas e os saltos que lá, há pouco acabara de ocorrer.

Como li recentemente, a vida é feito andar de bicicleta: se parar, você cai! Então, como não estou caindo na vida, também não quero cair de bicicleta. Para isto eu tomei uma decisão sábia e cara ao mesmo tempo.

Vou voltar a andar de bicicleta. Sem medo de cair, ferir ou sentir arrepio. Vou andar de bicicleta pois para mim, é como uma terapia pessoal. “Bicicletar” é como pescar. “Bicicletar” é como fazer um churrasco. “Bicicletar” é como um happy hour. É um ritual, uma terapia, um prazer, uma sequência.

Viva o ciclismo. Viva a vida.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Apenas um joguinho de palavras - O peso da balança

Um diz:
-Você é vadia.
Ele ouve:
-Mas quem se entorpece ao extremo é você. Qual o motivo de me julgar se também tem seus erros?

Uma diz:
-Você foi amante.
Ela ouve:
-Mas não é você que trai o seu marido com outro no parque? Qual o motivo de me julgar se também tem seus erros?

Um diz:
-Você não tem respeito.
Ele ouve:
-Mas não é você que perdeu o marido, pois de tanto assolá-lo, se matou de tanto consumir álcool, não dando respeito a ele? Qual o motivo de me julgar se também tem seus erros?



 
Julgamentos. Prévios julgamentos.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Filha da Putagem a Parte

Olá pessoal. Tudo bem? Estava há um bom tempo sem escrever pois não estava encontrando algum motivo que me encorajasse. Pois bem, o motivo apareceu, mesmo que insatisfatório, mas apareceu.
Costumeiramente, eu ouço de diversas pessoas, informações que dizem algo ou não dizem nada sobre indivíduo X, Y ou Z. Costumeiramente eu também deixava este tipo de informação de lado, pois não é de minha cultura aceitar este tipo de informação.



Eu gosto de uma frase que diz exatamente o que penso, sobre quando alguém diz algo de outra pessoa. “Existem três verdades: A minha, a sua e a verdade verdadeira”. Eu prefiro ficar com a verdade verdadeira. Para falarmos algo sobre alguém, temos que, primeiramente, olharmos para o nosso orifício anal e tentar enxergar se ele está realmente higienizado. Digo isso, pois na maioria das vezes, as pessoas que costumam falar algo de alguém não mantém a própria higiene em dia.

Falar de pessoas causa intriga, insatisfação e até mal estar. Causa o famoso DDD – Discórdia, desavença e discussão. Eu prefiro ouvir da própria pessoa em questão o que ela pensa que deve falar, para assim, eu achar o que devo pensar ou não.

Estes dias, li em um perfil no Orkut, outra frase interessante que também vou passar a utilizar: "Quando for falar mal de mim me chame, sei coisas terríveis a meu respeito". Isto é uma verdade, pois, julgar alguém sem ao menos saber dela própria o real motivo, é uma enorme falta de respeito com o próximo.

Pejorativamente falando, rabos insanos tentam confabular a respeito de cús não conhecidos pessoalmente, criando uma merda toda para depois jogar em um ventilador e ver aquilo se espalhar como um esgoto explodido por uma bomba de palavras safadas, sem escrúpulos e bastardas.

Logo, gosto de olhar para o meu rabo para ver se consegui, com a ajuda do papel higiênico, limpá-lo bem. Se ele estiver bem limpinho, vou pensar se comento qualquer bosta sobre uma pessoa. Na verdade, mesmo após um excelente banho, o meu rabo, por mais limpo que esteja, possui ainda bactérias naturais que todo o ser humano tem. Aí, eu penso que, mesmo limpo, ele está sujo, e se está sujo, já tenho com que me preocupar – com o meu próprio rabo e com a minha própria vida.

Mesmo assim, as pessoas conseguem o que querem. Causam mal estar, deixam as outras pessoas ressabiadas, pensando naquilo que ouviram e com isso, alcançam um patamar de filha-da-putagem “ou da putisse” indescritível e indefinível.

Enfim, sejamos o que realmente somos. Seres humanos. Mas sejamos sensatos, coisa que hoje em dia, um ser humano não consegue ser. Aprendi que algumas coisas na vida “são uma só”. Quer saber a causa? Na minha mente, é que duas, ninguém aguenta.

Um bom dia para todos, se conseguirem, após lerem este monte de merda jogada no ventilador.