quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O que aconteceu com o Heavy Metal Nacional?

Há muitos anos atrás, por volta dos meus cinco anos de idade, meu primo mais velho me apresentou o Album “The Number Of The Beast”, do renomado grupo Iron Maiden. Foi uma paixão à primeira ouvida. Sem delongas, o álbum era muito bem executado, onde quase todas as canções podiam ser executadas em uma radio FM. É um fato que no Brasil, o Heavy Metal estava em alta.



Muitos anos se passaram, muitas bandas apareceram, outras morreram, novos conceitos do metal surgiram, outros afundaram no nascimento, bizarrices foram lançadas, porém, no contexto geral, o Heavy Metal e suas vertentes só cresceram de lá para cá.

Pensando no eixo brasileiro, nada foi muito diferente do que aconteceu no mundo inteiro. Muitas bandas surgiram e mostraram lá fora o que era o Heavy Metal de qualidade. Bandas como Sepultura, Viper, Skyscraper e muitas outras, levaram o metal nacional às alturas e o apresentaram para o mundo.

Depois no enorme “boom” nacional no exterior, novas bandas foram surgindo e apresentando um excelente material, com a mais alta qualidade e expressão. Posso dizer que a banda paulista Angra é uma das grandes responsáveis pela mudança de estilo cultural que até então, era ouvido no Brasil. Misturas de baião, levadas de xaxado e outras miscelâneas deram um novo tom ao estilo “pauleira” brasileiro. Não posso esquecer-me do rock americanizado do Dr. Sin, de extrema qualidade.

Depois de todo este debut magnífico, músicos saíram de bandas, bandas acabaram, bandas se formaram, novos estilos musicais internacionais variantes do metal surgiram, e mais uma vez, o metal nacional seguiu a sua “pegada” original sem acompanhar tendências, mantendo o que realmente tinha, ainda, certa qualidade. Nomes como Shaman, Karma, Hangar, entre outros, surgiram em um período em que o New Metal falava mais alto. Porém, a qualidade sobreviveu ao acontecimento (não que o new metal seja ruim ou não tenha méritos). O Shaman apresentou ao mundo outra mistura até então desconhecida. A mistura de música mais que raiz, a música simples e pesada.

Neste momento, eu achava que o Heavy Metal estava voltando as suas origens, resgatando a influência do passado, mas sem perder o peso que era necessário atualmente. Novos recursos da informática foram sobrepostos com o lançamento do álbum “Ritual”, que é totalmente analógico. O Angra acabara de lançar o álbum “Rebirth”, muito bem executado e gravado. Influência geral no Brasil. O Heavy Metal voltava aos dias de glória.

Por sua vez, a banda paulista Karma, estava lançando o seu álbum “Leave Now!!!”, produzido por seu vocalista Thiago Bianchi. O álbum era uma espécie de vitória pessoal para os músicos da banda, que no decorrer das gravações, passaram por diversas turbulências desanimadoras. A garra foi maior e o produto veio ao mercado. Um excelente trabalho, com pegadas mais atuais, seguindo a nova tendência do metal internacional, porém, um álbum totalmente único.

Infelizmente, o Karma foi uma das bandas vítimas do enfraquecimento do movimento e apadrinhamento de bandas pelos seus seguidores. Isto já havia acontecido com outros nomes nacionais no passado, como o Korzus, Salário Mínimo, Dr. Sin, entre outros. E é aí que entra o assunto em questão. Qual o real motivo de apadrinharmos as bandas? Devemos segui-las como religiões? Não seria mais importante escutarmos de tudo, para termos uma boa referência musical?

Claro, em minha individual opinião, sim. Porém, não é assim que a grande maioria do público pensa. Em geral, pessoas preferem formar ídolos, a aceitarem a condição de ter várias bandas excelentes lançando seus trabalhos.

Mais uma vez, o mercado nacional do heavy metal estava estafado, com sinais de crise nas vendas e com o vai-e-vem de músicos e bandas insatisfeitos com suas parcerias musicais. Neste período, perdemos grandes referências musicais pelo individualismo de alguns profissionais do ramo e do próprio público em questão. O Heavy Metal nacional estava, e está, em baixa.

O público sentia a queda e também amargurava o seu próprio erro, tendo assim, materiais lançados de altíssima qualidade, mas que não representavam o que realmente cada profissional queria fazer. Parece-me, em minha opinião, que o estilo e as bandas nacionais perderam a identidade. Culpa deles e culpa nossa. Neste ínterim, é fácil jogar as fezes no ventilador e ver qual quadro essa pintura vai formar.

Recentemente, o vocalista Thiago Bianchi, publicou um desabafo informal que critica a cena e o público em geral, pedindo apoio e entendimento dos envolvidos na cena ( http://whiplash.net/materias/news_857/119453-shaman.html ). Artigo válido, porém, que pode ser interpretado de forma dúbia pelos apadrinhadores do estilo. Eu concordo em partes (como todo formador de opinião) com que foi dito no artigo. Concordo com os culpados apontados, mas não posso concordar que a culpa única é do ouvinte do estilo. Avalio o que o Thiago disse como uma atitude “que tem o seu valor”.


Imagem: Divulgação da Banda
Porém, sou obrigado a concordar com o artigo do Plínio Alves, publicado no site “Polêmico Rock”. Estamos decadentes de público, de bandas de qualidade e de atitude no mundo inteiro. O artigo pode ser lido no endereço http://polemicorock.blogspot.com/2010/11/resposta-ao-artigo-de-thiago-bianchi.html.

O que eu não consigo entender, são as opiniões tentando justificar o próprio pití ou surto, com o pití/surto alheio. Em minha individual opinião, o blog Collector's Room seguiu a linha de defesa, da carapuça que parece ter servido. O texto pode ser lido em http://collectorsroom.blogspot.com/2010/11/colocando-os-pingos-nos-is-carta-aberta.html. Convenhamos, formadores de opinião não podem se dar ao luxo de escrever um texto de dedo único, mas sou obrigado a concordar com algo que o Ricardo Seelig escreveu, de que antes de publicarmos algo, devemos submeter o nosso próprio texto a uma revisão. O texto do Ricardo tem algum mérito.
Por fim, só posso crer que a carta de agradecimento escrita pelo Thiago, dias após o seu desabafo, seja um fato real e que venha surtir frutos maravilhosos para a cena do heavy metal nacional ( http://whiplash.net/materias/news_856/119985-shaman.html ). Estou esperançoso destes acontecimentos ao qual o Thiago se comprometeu. Se isso tudo acontecer, a cena realmente voltará a ser mais forte.

E com certeza, esqueci de várias bandas. Mas foi para encurtar o texto e dar um melhor entendimento.
Viva o verdadeiro heavy metal nacional.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Restaurantes da minha vida.

Nas minhas andanças por aí, conheci muitos lugares bons, outros ruins e alguns, até péssimos de doer. Eu sou do tipo que adora ir para restaurantes e bares “botecos” para apreciar uma boa refeição, aliado a uma boa bebida.

Hoje, resolvi escrever algumas dicas de restaurantes e bares bons que eu já passei. Claro, opinião é realmente opinião e não se discute, portanto, eu achar que é bom não significa que vocês achem os locais bons. Mas valem as dicas que vou deixar.

O primeiro, mas não necessariamente em ordem de preferência fica com o restaurante/boteco Rabo de Peixe. Restaurante Boteco bem localizado na região da Vila Olímpia, com um precinho chamegoso , com pratos e bebidas variadas. Destaque para a picanha frita na chapa com alho poró e cebola a francesa. O restaurante fica na rua Quatá, 426. Dou quatro estrelas para ele.

A segunda opção, e uma das que eu mais adoro, fica com o Boi na Brasa. São dois restaurantes que tem o sistema ala carte. O destaque fica para o T-bone steak e o chopp na caneca amassada. Preço bom e atendimento familiar. Um sucesso. O restaurante fica na esquina da Marquês de Itú, 188. Excelente.

Uma terceira opção bem bacana, para quem curte uma boa feijoada mineira, é o Segredos de Minas. Cachaça fantástica, refeição para três pessoas e um atendimento maravilhoso. O ambiente também conta muito. O preço não é tão chamegoso, mas vale cada centavo gasto. O restaurante fica na rua Bela Cintra, 919. Excelente.

A quarta e última opção é a Trattoria Sargento, localizada na Rua Pamplona, 1354. Caro, excelente e que tem o melhor camarão a paulista que eu já comi. São somente seis camarões, mas são seis que valem por duas dúzias de pitú. O ambiente é legal para quem curte futebol, pois várias camisetas estão penduradas no teto, de jogadores famosos.

É isso aí galera,

Enjoy it.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Números.

As 05h55min, o despertador toca pela segunda vez. As 06h06min, levanto muito sonolento e já assustado com o horário exibido, porém, mesmo assim vou para o banheiro lavar o rosto, escovar os dentes e me arrumar para trabalhar. As 06h55min, o velocímetro do carro marca 104.104 km rodados. Sensação de frio na barriga é intenso.

Chego à empresa às 07h07min e para minha surpresa, estou morrendo de sono, precisando dormir mais um pouco, pois na noite anterior, eu havia ido dormir por volta das 01h11min.

Enfim, agora, 13h13min, comecei a escrever este texto e me desejar sorte para o fim da noite. Provavelmente, às 19h19min começará a apresentação para a pré-banca do TCC.

Números. São somente números.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Memórias de um vitorioso - O poder do propósito.

Pelo menos em meu pensamento, a vida é feita de muitos propósitos, e também, é cheia de ambições que nos assolam durante um longo período, senão por todo o tempo que permanecemos neste plano. O homem é virtuoso por natureza, pois luta por objetivos que nem sempre são tão originais, mas que representam o seu caráter, seja ele bom ou ruim.



 
Estar planejando a vida aos trinta e dois anos de idade, parece algo atrasado, ou até mesmo de alguém que não traçou seus objetivos quando mais novo. Levando por este lado, realmente eu estou bem distante do que deveria estar no âmbito material, mas fico feliz de poder ter resgatado toda a minha essência em um curto espaço de tempo. Muitos fatos justificariam todo este tempo perdido, mas quem se justifica, está se arrependendo do passado. Na maioria das vezes, eu não sou um homem de arrependimentos.

Três anos e meio “estão lá atrás”, desde que eu comecei os meus estudos na área de Sistemas de Informação, curso este voltado para profissionais da informática. Dediquei-me muito, estudei, passei noites acordado e fazendo tudo para chegar à reta final como um vitorioso. E realmente eu consegui. A minha virtuose veio à tona, os meus propósitos fluíram e as ambições chegaram ao ápice durante este período todo.

Foi uma batalha de causar orgulho a qualquer grupo em guerra. Foi uma vitória muito parecida com a de um profissional de medicina que salva uma vida. Só posso dizer que estou muito feliz pelo caminho percorrido, pelo sofrimento passado e pela luta executada. Ainda não acabou, mas é com alegria que recebo o vindouro dos últimos seis meses que restam.

Estou orgulhoso de mim mesmo, dos meus amigos de faculdade, das pessoas que sempre me apoiaram e, também, das pessoas que criticaram. As criticas só me deram mais força para prosseguir, pois, a inveja de um é como força para outros. Nesta segunda-feira agora, dia 6 de dezembro de 2010, será um dia muito especial para três pessoas, diretamente, e indiretamente para muitas outras. Apresentaremos nosso TCC para a pré-banca. Pré-banca é uma espécie de banca antes da banca, ou seja, feita para avaliar o seu trabalho de conclusão de curso.

O assunto que abordamos é bem interessante: a integração de produtos por meio digital, com o uso de certificados digitais, sem utilização de papéis. A nossa colaboração é de um sistema ou programa que registra informações cartorárias sem o uso de documentos físicos, em papel. Sim, estamos contribuindo para um mundo melhor, sem falarmos em sustentabilidade, o que é mais importante. Contribuir sem rotular é muito mais gratificante e muito mais prazeroso.

Espero só o sucesso deste TCC e aproveito para agradecer algumas pessoas que estiveram neste caminho árduo. Tiaguinho e Fabião, que são integrantes do TCC – obrigado por me suportarem. Christian Ribas, o cara que sabe tudo de documento eletrônico e certificados digitais. Mãe, mano e mana, por sempre acreditarem em mim. Por fim, e não menos importante, a pequena mulher que entrou em minha vida e me apoia, compreende e incentiva mais que tudo. É com prazer que eu digo que os amo.

Como disse a nossa orientadora, a sorte está lançada. Seis meses pela frente.

Obrigado a todos.