Sentir-se responsável por
fazer o bem para alguém dá um sensação de bem estar indescritível. Ainda mais
quando somos responsáveis por mudar a vida das pessoas para o bem, dando metas,
caminhos e objetivos.
E quando esta tarefa faz
com que você tire da pessoa o principal, que é a própria essência da vida? E
quando isto faz um bem oculto, tornando-se o mal? Pois é: neste momento você
descobre que ser bom foi ser ruim.
Por exemplo, eu nunca
gostei assistir jogos de futebol pois tinha meus princípios fiéis de que aquilo
era pura aniquilação. Hoje em dia eu entendo perfeitamente o que faz um homem
sentado em sua poltrona, com a mão no saco, uma lata de cerveja a tiracolo,
xingando o Juiz e os jogadores / torcedores do time adversário: Ele está
perdendo o seu stress. Ele está no seu momento “fazer unhas dos pés e das
mãos”.
Se por algum acaso o homem
não faz isto é porquê provavelmente ele tem outras atividades preferenciais,
como andar de moto, fotografar, andar de bicicleta, conhecer locais culturais,
frequentar um bom restaurante, entre outros. No meu caso, eu costumava
escrever, como faço neste exato momento. Emitia textos dúbios e as vezes
maravilhosos que as pessoas sempre gostavam de comentar.
Fazendo isto eu acabei
criando uma espécie de alter ego – este que foi admirado por pessoas em
especial. E com isto, acabei criando pessoas que viviam o que eu dizia, eu
achava e que nem mesmo por vezes eu concordava. Eu criei pessoas que viviam o
que eu vivia. Pessoas que respiravam o que eu respirava.
Por meses eu venho tentando
consertar esta situação chata e amarga, mas vi que o resultado final foi
péssimo. E o que eu aprendi com isto? Aprendi que o ditado “você colhe aquilo
que planta” é a mais perfeita verdade.
Para ajustar uma situação
como esta, as vezes é necessário magoar as pessoas. É como se você desmentisse
uma mentira deslavada sabendo das consequências que você mesmo criou. Se isto
limpa a alma e vai fazer bem para todos? Só o tempo poderá dizer. O importante
é que estou tentando seguir os princípios corretos da vida.
Eu resolvi fazer isto. Para
o meu bem, para o bem dos que me respiravam e para o bem das pessoas que ainda
me respiram.
O que eu espero disso tudo?
Primeiramente que as pessoas se encontrem por si próprias e vejam que viver a
vida não é co-viver o que os outros sentem. Quero que as pessoas busquem seus
próprios caminhos e destinos, focadas em seus objetivos pessoais e familiares.
Eu quero que as pessoas vivam por si, para que eu mesmo possa viver por mim.
Que todos sejam livres. Foi
desligada a chave geral.
Boa vida.