Sou de uma família que basicamente tem a cultura nordestina e ao mesmo tempo italiana, com gostos que vão de Luiz Gonzaga, Alceu Valença até Chico Buarque, porém, em toda a nossa enorme ramificação existe alguém que escuta o bom e velho Rock And Roll.
Quando mais novo, por volta dos seis ou sete anos de idade, costumava escutar Led Zeppelin, Janis Joplin, Louis Armstrong e Jimi Hendrix graças ao meu falecido pai. Minha mãe, apesar de também gostar de rock, estava mais ligada ao lado cultural engajado, como Chico, Milton Nascimento, entre outros.
Eu não esqueço mais a primeira sensação que tive ao escutar Iron Maiden pela primeira vez, graças ao meu primo mais velho. Eu devia ter por volta de oito anos de idade. Ele apareceu em casa com o Álbum “The Number Of The Beast”, um clássico consagrado dessa enorme banda do NWOBHM (sigla de New Wave of British Heavy Metal, ou a nova onda do Heavy Metal Britânico).
Ao escutar o album, parece que tive uma overdose de informações em frações de segundos. Era tudo o que eu precisava ouvir. Imaginem só, uma criança de oito anos fã de uma banda de Heavy Metal. Pois é, foi aí que a coisa realmente “desbundou”.
Meu irmão, extremamente fanático pelo punk nacional, passou a me fornecer alguns cassetes (fitas de áudio, tá bom? Menininhos de dezoito anos) de gravações de bandas muito interessantes, algumas nem tanto. Tive contato com Cólera, Replicantes, Inocentes, Plebe Rude, entre outras.
Mas a coisa só estava começando. Eu ainda não sabia ao certo de que realmente eu gostava, pois era muito novo para ter uma linha de estilo. Com o passar dos anos, escutei muita coisa do rock and roll nacional e internacional que vai desde o estilo Dark (novamente para os menininhos de dezoito anos – estou falando do atual gótico), New Wave, Rock Popular, Punk, Heavy Metal, Rock’a Billy, Rock Psicodélico, Psyco Billy, entre muitas variantes que das quais ainda hoje eu aprecio.
Também escutei muito lixo do rock e de outras vertentes para tentar ver se realmente o Rock era o que eu queria para a minha vida. E não tenho vergonha de dizer. Bandas como Pet Shop Boys, Erasure, Technotronics e muitos outros tocaram na minha vitrolinha (olha eu novamente... Vitrola é um aparelho que reproduz “mídias” de vinil – tudo bem?Dúvidas, procurem no Wikipédia). E aprendi muito com estes estilos. Aprendi que realmente o que vale é escutar o bom e velho Rock and Roll.
Aos onze anos de idade, veio a minha primeira banda de Rock. Eu, meu irmão e um rapaz chamado Helder, montamos uma banda de pop dos anos oitenta/noventa (com ORGULHO, eu vivi o fim dos anos oitenta e o início dos anos noventa). Tocávamos músicas de bandas como Legião Urbana, Engenheiros do Hawaii, Titãs, Nenhum de Nós, Uns e Outros e várias outras bandas que estavam nas “paradas de sucesso”. Foi uma excelente experiência de vida, mas que infelizmente durou pouco (tínhamos que estudar e a grana do papa era pouca para nos bancar). Fizemos vários shows, dentre eles o tributo ao Raul Seixas (um ano de morte) na cidade universitária. Não esqueço mais da cena local – todas as bandas tocavam “Raul” e os espectadores estavam mortos na grama, vendo shows monótonos. Chegamos e “tocamos o pânico” literalmente. Todos levantaram para ver três meninos quase adolescentes agitando no palco. Bons tempos.
Esta banda acabou, outra veio, foi, mais uma, foi também e assim segui no ramo da música. Até os meus dezesseis anos eu ouvi muita coisa legal e também conheci muitas variantes do rock and roll (mais especificamente do Heavy Metal).
A minha escola do rock, que realmente gosto MESMO é o agressivo Trash Metal. Bandas como Pantera, Sepultura, Megadeth, Anthrax, Metallica, Slayer, e muitas outras fazem parte desse grupo seleto. Concordo – tem que ter estômago para se ouvir um bom Trash, mas é por isso que ouço. Meu estômago é mais forte do que imaginava, precisava de um bom barulho.
Em outra fase, passei a ouvir bandas do Metal Industrial (estilo variante entre o Trash e o Heavy Metal americano). Bandas como White Zombie e Prong não saiam do meu Walkman (meninos de dezoito anos sabem o que é né?). Nesta mesma fase eu procurava coisas que não faziam sentido também (algo do Black Metal e Death Metal).
Já com a maioridade alcançada, casado e experiente de heavy metal e rock and roll, ouvi novos estilos como o New Metal (surgido do Trash Metal e do Metal Industrial). Gosto de bandas como Slipknot, Korn e Linkin Park.
Em todo este período, membros da família se tornaram músicos profissionais e experientes, outros abandonaram a carreira (como eu) e a grande maioria assiste de camarote.
O que eu quero dizer com tudo isso é que o rock and roll não é só um estilo de música, mas sim, um estilo de vida também. Para um verdadeiro rockeiro, o que vale é a quantidade de informações e novidades. Um acervo enorme faz parte da idéia também. Possuo em meu acervo mais de dez mil músicas das enormes variantes do rock and roll (Elvis, Beatles, etc...).
É isso pessoal. Viva o rock and roll. Viva o estilo de vida musical.
Pois é Flavião... sua vida é meio parecida com a minha... abandonei ser músico.. mas não consigo parar de ouvir um som... Meu ipod tb já passa das 11000 músicas... e tem de tudo... E sempre o desejo de voltar a tocar... isso tb não nos abandona....
ResponderExcluirOpa Daniel, tudo bem?Seja bem-vindo ao Blog. Realmente o desejo de tocar ainda está no ar, tanto que estamos voltando a ativa com uma banda de hard rock 80's. Apareça semper... Seja bem vindo.
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