segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Sabonete, quiabo e KY Gel.

Eu não costumo me pronunciar quando o assunto é política, pois cada um tem uma opinião e é um tipo de assunto problemático de se discutir. Gera muita intriga, raiva, incoerência e revolta quanto à falta de entendimento das pessoas.

Tenho o meu partido político preferencial, mas concordo que nem todos os políticos pertencentes a ele me fazem feliz. Logo, eu voto em quem me “satisfaz” e em quem possa fazer “algo” pela população brasileira.



 
Quando digo “população brasileira”, me refiro a todo o Brasil em um contexto geral. Não posso aceitar a situação de que as pessoas votam no político “Alfa”, pois ele fará bem para a região sudeste e esquecerá completamente o nordeste, ou votam no político “Beta”, que dará o “plano ‘Ajude-me’” para a região norte e nordeste, esquecendo de ajudar a região que move o país como máquina capitalista. Pensando assim, o que eu vejo hoje é um bando de políticos interesseiros, não generalizando todos, porém, quase em sua totalidade, que pensam única e exclusivamente em “ganhar” uma eleição como se fosse uma corrida do milhão ou o grande prêmio do Japão.

Ludibriar uma pessoa, em meu ponto de vista, deveria ser um crime previsto no código civil quando o assunto é política. Prometer sem cumprir, ou cumprir pensando no “daqui quatro anos” é o pior método de pensamento de um político. Digo isto referente ao PAC, ou PEC, PIC, POC e até o PUC. O “bolsa minha mãe”, “bolsa meu filho”, “bolsa caralho a quatro” e tudo que possa desviar o sentido metodológico de um país que também fazem parte deste pensamento revoltante que eu tenho.

No sábado, estive em um evento extremamente importante para os sistemas de telecomunicações do Brasil. Pouparei os leitores de comentar qual evento, pois acredito que quem se “interessa”, se “antena”. Em um determinado momento, uma pessoa de alto escalão, responsável por uma grande parte que representa a economia do Brasil, foi convidada a subir ao palco e foi questionado em relação ao investimento que o seu departamento poderia fazer, como forma de ajuda.

O que eu vi foi uma mistura de sabonete com quiabo e KY Gel. Não disse que “sim” ou “não”. Mais uma vez questionado, agora de forma mais direta, senti-me em uma piscina de gel ou lama, pois o “cara” conseguia escorregar de todas as mãos. A última pergunta foi: - Você vai investir com dinheiro? Espécie? Moeda ou papel? Pessoal - ele respondeu, para a alegria de todos. Mas para a tristeza, a resposta foi: - Podemos contribuir com papéis da D.A.

Para quem não sabe, papel é dinheiro, mas pode ser dinheiro embargado, como cotas societárias de empresas que estão em processo de falência. Mais uma vez, o quiabo apareceu, nada foi respondido e a promessa foi “cumprida” com algo que talvez nem tenha valor. Plantar a sementinha, como este político disse, é muito vago, sem sentido. Plantar significa “iniciar” e não “tentar”.

Não estou aqui pedindo nada para ninguém, muito menos desejando que o norte e nordeste pensem no sudeste, sul e centro-oeste, pois está claro que isto não acontecerá. É fácil colocar míseros reais na mesa de alguém para sentir a felicidade do ser ludibriado e “angariar” de forma visivelmente “incorreta” estes votos. O difícil é termos uma população sadia de pensamento quanto à política, que pensa realmente no futuro em um modo geral. Deixar como está é conformar-se com a realidade, ou seja, com a merda, quiabo, sabonete e KY Gel.

Tenho que dizer isto, pois é verdade: Viva o Tiririca. Viva o Netinho. Viva a mulher Melão. Viva o Ronaldo Esper. Viva os novos políticos que realmente estão aparecendo com a verdadeira cara que o Brasil tem no congresso e no mundo a fora: Cara de palhaço. Votar em palhaço nós já votamos desde a primeira eleição brasileira – a diferença é que agora, a coisa está mais “visível”.

Ficam aqui algumas idéias: Votem nas putas, já que os filhos não resolvem. Tentemos ser felizes. E que Deus salve a “rainha”, pois ela vai “governar” este “país” “democrático” e de “patriotas” de forma “inteligente”. Viva o nonagésimo primeiro dia de todos os anos, o primeiro dia do quarto mês. Viva a minha mentira.

Viva o Brasil, no sentido de viver o momento do país.

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